29/01/2010

Comissão organizadora decide adiar a Conferência Mundial

Na tarde do último dia 22 de janeiro, no Plenário do Conselho Nacional de Saúde (CNS), o Comitê Executivo e a Comissão Organizadora da I Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento de Sistemas Universais de Seguridade Social, com anuência dos três ministérios que participam do processo de organização, Ministério da Saúde (MS), Ministério da Previdência Social (MPS) e Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), decidiram pelo adiamento da Conferência que seria agora em março, para dezembro de 1º a 5, em prol da qualidade e do sucesso da Conferência.
Embora não tenha sido uma decisão simples e fácil, neste momento foi necessária e urgente, segundo avaliação da própria Comissão Organizadora. Armando de Negri, membro do Movimento de Saúde dos Povos (MSP), garante que o adiamento foi apropriado. “Se não houver um maior envolvimento mundial não faz sentido a discussão sobre a Universalização”, assegura.
Rozângela Camapum, Secretária Executiva do CNS, alerta que “agora é hora de consolidar a convocatória internacional e fomentar nacionalmente o debate sobre Universalização”.
Membros da Comissão Organizadora da Conferência acreditam que a universalização não é um tema de fácil acesso. “É preciso torná-lo acessível a todos”, destaca Valdevir Both, do Centro de Educação e Assessoramento Popular (CEAP). Segundo ele, alguns países discutem pela primeira vez o tema. E garante, “esse já é um efeito causado pela Conferência, mesmo antes de acontecer”.
A Conferência ambiciona abrir uma nova fase da luta política pela alternativa dos sistemas universais de saúde. E para que tenha esse efeito, a estratégia agora a ser desenvolvida durante os nove meses vindouros é aproveitar os grandes eventos dos ministérios envolvidos para divulgar a conferência, apresentar painéis dentro desses eventos, visitar países potencialmente mobilizadores, mapear os que já foram contatados, internacionalizar a comissão organizadora, debater ao máximo o tema e fomentar o debate internacional, envolver o governo brasileiro e mostrar a importância da Conferência à grande mídia para que esteja em pauta nacionalmente.

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