Ministério exige controle em unidades de saúde
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou ontem que a pasta está reforçando medidas de controle para evitar fraudes como as ocorridas nos plantões do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). Nesta semana, o Ministério Público de São Paulo recebeu denúncias de que médicos continuam recebendo por plantões que não fazem.
Após cerimônia de inauguração do milésimo leito do Sistema Único de Saúde (SUS) na Santa Casa de Belo Horizonte, Padilha disse que o Ministério da Saúde agora exige que todas as prefeituras e governos estaduais façam o controle da atividade dos profissionais de cada uma das unidades de saúde.
"Cada gestor estadual ou municipal tem de dizer, no momento em que registra um estabelecimento de saúde, quantos vínculos tem o profissional e quais são as horas de trabalho. Exatamente para que o gestor municipal, estadual e a população possam impedir uma situação como essa", disse o ministro, referindo-se às fraudes em Sorocaba.
Ele ressaltou, porém, que, com exceção de hospitais no Rio de Janeiro, o ministério não gerencia diretamente unidades médicas no País. Por isso, afirmou, cabe às administrações locais, além da própria comunidade, fazer o controle da atividade dos profissionais.
"O Ministério da Saúde não executa os serviços diretamente, mas faremos o que for possível para ajudar o governo de São Paulo a coibir essa situação. Com esse cadastramos, esperamos ajudar a imprensa, a população, os conselhos e os secretários municipais e estaduais a coibir esse tipo de problema", declarou.
Baixa no governo. As investigações sobre o esquema no Conjunto Hospitalar de Sorocaba, reveladas no mês passado, levaram à prisão temporária de 12 pessoas, que já foram soltas. Também resultaram nas demissões do então secretário estadual de Esportes, Lazer e Juventude, Jorge Pagura, e do então coordenador de Serviços da Saúde de São Paulo, Ricardo Tardelli.
Fonte: matéria de Marcelo Portela publicada no Estado de S.Paulo, de 02/07/2011.
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